Waldemar Guimarães (Contra-Secundo ou Waldo)
6º VIIa (A0(3)/VIIc) A0 D3 E2
Modalidade: tradicional
Tipo de via: principal
Face: norte
Tipo de escalada predominante: agarras
Extensão: 360 metros
Descrição: A Waldemar Guimarães, ou simplesmente "Waldo" (e também conhecida como "Contra-Secundo"), está localizada na face norte do Pão de Açúcar.
Para acessar a base da via, é preciso entrar a Pista Cláudio Coutinho, no canto esquerdo da Praia Vermelha na Urca. Aproximadamente na metade da pista, é preciso pegar a trilha para o Morro da Urca, que é praticamente uma avenida, e subir em direção ao colo do Morro da Urca com o Pão de Açúcar.
Chegando-se ao colo, é preciso seguir por uma trilha para a direita, em direção à face oeste do Pão de Açúcar. Mas, ao chegar à torre de luz (estrutura metálica) é preciso pegar uma discreta e pouco definida trilha para esquerda, descendo em direção à face norte. A base da Waldo fica na sequência da Secundo, descendo-se mais um pouco, sempre margeando a face norte do Pão de Açúcar.
A primeira enfiada começa com alguns lances em fendas, onde a proteção pode ser melhorada com um Camalot #1, logo após o primeiro grampo. Depois, fica o crux da primeira enfiada, que é um tetinho fendado de VI grau, protegido por um grampo logo acima. Superando esse tetinho, a enfiada segue por uma linda fenda frontal, toda protegida por grampos, seguida por uma horizontal para a esquerda e depois uma retinha em agarras.
Obs1: o ideal é esticar ao máximo a corda e fazer a P1 no final dessa retinha, em um grampo simples, para fazer a segunda e terceira enfiadas da Waldo em apenas uma enfiada.
A segunda enfiada segue para a direita, por um sistema de fendas cotado em V grau, sempre protegido por grampos, até um platô. Depois, segue por uma rampa fácil até a base da chaminé. Após o segundo grampo da chaminé, ela fica estreita e já possível escalar por um bonito diedro de IV grau, até um platô pequeno com um grampo e uma chapeleta.
Para seguir pela Waldo:
Tocar reto e em seguida sempre buscando a esquerda. São duas enfiadas de VII grau bem protegidas e reformadas. Existe um pequeno trercho de desescalada, que para o participante fica mais difícil. Após essas duas enfiadas inicia-se um VI grau lindo "Pescoço", cuidado pois as agarras não são tão sólidas, o final dessa enfiada é num platô confortável.
Depois vem a última enfiada técnica da via um V grau no seu inicio, chegando numa barriga cotata em VIIC/A.
Após essa enfiada a via dilui para esquerda e finaliza numa aderência com uma parada em grampo, já bem perto do platô e da trilha.
Indo para a Secundo:
Na terceira enfiada, à direita, inicia-se a variante "Por Favor Não Me Grampeie", que faz a ligação da Waldo para o Secundo. Essa variante é um sistema de fendas todo em diagonal para a direita, com aproximadamente vinte metros de extensão e que termina em um platô com parada dupla da via Secundo Costa Neto. Apesar do nome, atualmente existe um grampo logo no início dessa variante, o que tira um pouco do seu charme. Com um jogo de Camalots, do #.75 até o #2, é possível fazer essa variante sem problema.
A quarta enfiada é onde está o crux da via: uma reta muito bem protegida, onde o grau vai subindo gradativamente. Essa enfiada começa com lances de VI e, no final, existe um crux técnico de VIIa, que também pode ser feito em artificial A0. Na teoria, essa enfiada termina em uma parada dupla na parede vertical. Entretanto, é recomendável seguir por mais alguns metros até um platô grande em forma de buraco, onde pode ser feita a parada em um grampo. Com uma corda de 60 metros e costuras adicionais, pode-se emendar essas duas enfiadas sem problema!
A quinta enfiada da via começa com uma pequena travessia em diagonal para a direita, mas, logo depois, existe um lance de boulder, onde é preciso fazer um movimento dinâmico na casa do VI grau. Após esse lance, a via segue para cima e, depois, cai ligeiramente para esquerda até um micro platô com uma parada dupla, sempre na casa do III ou IV grau.
A sexta e sétima enfiadas são na reta do "mar de agarras" da via Secundo, que podem ser feitas em apenas uma enfiada, utilizando-se uma corda de 70 metros. A graduação gira em torno de IV grau, com agarras grandes. Essa enfiada termina em um platô grande, com parada dupla, praticamente uma "sala".
Para acessar a oitava e última enfiada, é preciso fazer uma pequena travessia para a direita, onde existe apenas um lance fácil de escalada, e grande parte do trecho é feito andando.
A oitava enfiada é um diedro todo grampeado, onde é preciso posicionar os pés em aderência, mas sempre com boas opções para as mãos na borda ou no interior do diedro. No final desse diedro é preciso fazer uma travessia para a direita, para depois fazer outra travessia para a esquerda, seguindo um veio de cristal. Após este trecho, basta fazer um fácil lance de domínio e já é possível chegar ao cume. A parada final pode ser feita em dois canos verdes de ferro em forma de ferradura.
Para voltar para a Pista Claudio Coutinho, basta pegar o bondinho até o Morro da Urca e depois descer a trilha.
Fonte: www.escaladasclassicas.com
Coordenadas: -22.94865906653798,-43.156891759793275
Equipamento mínimo necessário:
- 1 corda de 60 metros
- 17 costuras (algumas longas)
- # .5 #.75 #1 e #2
Data da conquista: 1983
Conquistadores (em ordem alfabética):
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